quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Chances

Perdi muitos que amei e amo... A verdade é que não sei... Perdi quem poderia ter sido minha irmã, a irmã que um dia eu sonhei que poderia ter. Não tivemos muito tempo, ela sempre tão ocupada, com tanto por fazer, tentando fazer a vida acontecer, mas, assim que tudo começa a melhorar, a vida não dá chance, e ela parte. Para onde? Para sempre.

O que mais me lembro é de suas mãos, tão gorduchas e graciosas, como mãos de criança, ficou na memória o toque firme e pesado de suas mãos.

Você me pedia tantos favores e a verdade é que eu nunca me incomodei, até gostava, mas as pessoas sempre a exigir que a gente tome posições e atitudes que nem sempre queremos e, por fim, eu me fazia de ofendida, jurava que ia "fazer alguma coisa" e sempre me fazia de vencida. À toa, para evitar discussões, cobranças, sempre me agradou nossas conversas, nossas visitas, às vezes tão rápidas, às vezes adiadas...

Algumas vezes queria desabafar, falar com alguém, contar coisas que me deixavam verdadeiramente triste, que me matavam aos poucos, mas percebia suas tantas preocupações e nunca quis te perturbar, aumentar suas tristezas.

E assim a vida foi passando e a gente se distanciando, e perdemos a chance de ser irmãs, você era a única filha, a única mãe, a única esposa.

Sinto sua falta, sempre sentirei, não chorei quando você partiu, preferi endurecer meu coração, mas, acredite, eu te amo hoje e sempre..

Um comentário:

  1. A tia Maísa faz muita falta, e foi uma perda muito repentina. Cada pessoa externa suas tristezaz/alegrias/sentimentos de determinada maneira.
    Deve ser muito doloroso perder uma irmã, é muito doloroso perder alguém tão próximo.
    Te amo
    =*

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